UBER: não adianta brigar com a modernidade.

De ACRITICA.COM:

SMTU apreende quatro carros alegando transporte irregular de passageiros

Testemunha diz que um dos carros era da plataforma Uber, mas SMTU se negou a responder tal questionamento. Uber disse que atua respaldada por lei federal 13/04/2017 às 18:37 – Atualizado em 13/04/2017 às 18:46

Uma das apreensões ocorreu em frente ao Manauara Shopping (Foto: Reprodução)

Uma fiscalização da Superintendência Municipal de Transportes Urbanos (SMTU) apreendeu nesta quinta-feira (13) veículos e motocicletas em diferentes zonas da capital, sob alegação de transporte irregular de passageiros.

Segundo depoimentos de testemunhas, que enviaram um vídeo, à reportagem, pelo menos um dos carros apreendidos, em frente ao Manauara Shopping, seria de um motorista vinculado  à empresa Uber, serviço que começou a funcionar nessa quarta-feira (12) em Manaus.  Questionada, a SMTU se negou a informar se a apreensão foi de um veículo da plataforma.

De acordo com a SMTU, quatro carros e dez motos foram apreendidos durante fiscalização nas Zonas Norte, Oeste e Centro-Sul. Ainda segundo o órgão, os veículos estavam “irregulares conforme estabelecido nas legislações vigentes correspondente a cada modal”. Questionado, o órgão não especificou quais irregularidades foram encontradas.

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A SMTU também negou que as fiscalizações tenham sido direcionadas ao Uber e, por nota, sugeriu que o serviço não é autorizado em Manaus.

“Em cumprimento as legislações municipais vigentes, faz parte da rotina da SMTU a realização de fiscalizações periódicas contra quaisquer serviços de transporte de passageiros não autorizados. Essas fiscalizações sempre aconteceram antes mesmo do surgimento dos aplicativos em questão”, disse o órgão.

No vídeo enviado à reportagem, taxistas registram o momento da apreensão do veículo e comemoram o feito. Fiscais da SMTU abordam o motorista e o veículo é retirado por um guincho.

A reportagem procurou a Uber, que informou que não detalharia se houve apreensões de veículos parceiros por conta da política de privacidade da empresa. No entanto, a Uber enviou uma nota na qual afirma não concordar ” com apreensões porque o serviço prestado pelos motoristas parceiros não só encontra respaldo na legislação Federal mas ainda na própria Constituição Federal”.

A nota da empresa afirma ainda que ” nossos parceiros precisam ter os seus direitos constitucionais de trabalhar (exercício da livre iniciativa e liberdade do exercício profissional) preservados”.

Comentário meu:

O UBER é um aplicativo que quebra a exclusividade do serviço de táxis. Isso aconteceu no mundo inteiro e agora chega a Manaus. Todo o respeito pelos taxistas, mas o UBER veio para ficar. As resistências iniciais serão superadas como foram no mundo inteiro.

De outro lado, os serviços de taxis precisam e devem se modernizar, bem como o poder público deve reduzir/eliminar as taxas cobradas e que são altas.

A SMTU erra quando reprime o UBER. Isso lembra os que na Revolução Industrial queriam quebrar as máquinas porque geravam desemprego.

Vivemos agora a fase da Revolução da Tecnologia de Informação, a época dos aplicativos. Os exemplos são os mais variados: cadê as lojas de CDs? A internet e o iphone quebraram todas. E as locadoras de vídeos? E os bancos que reduzem o número de bancários todos os dias por conta do uso da internet nos negócios do mercado financeiro?

O mundo anda pra frente e não para. E o motor dessa mudança chama-se SUA EXCELÊNCIA, O CONSUMIDOR. 

Aliás, volto a máquina do tempo e lembro-me quando nos anos 70 o então Prefeito de Manaus, Frank Abrahim Lima anunciou a construção da ponte ” nova” de Educandos  (foto abaixo) houve quem erguesse a sua voz dizendo:

” E os catraieiros ( que faziam a travessia dos passageiros de uma margem para outra do igarapé na epóca da cheia) o que será feito deles? A ponte vai gerar desemprego e sou contra” .

Não encontrou eco

Venceu o usuário, ou seja ” o consumidor do serviço”  que obviamente deixou de atravessar de catraia para usar a ponte.