Marcelo Ramos fala de desequilíbrio fiscal do Estado

O desequilíbrio das contas públicas do Estado foi o  tema do discurso do deputado estadual Marcelo Ramos (PSB), na manhã desta terça-feira, no plenário da Assembleia Legislativa do Amazonas (Aleam), quando relembrou que o Estado gastou  em 2013, R$ 983 milhões a mais do que pagou. “No primeiro dia de janeiro de 2014, sem fazer nada, o Amazonas já tinha uma dívida de R$ 983 milhões acima do que pagou. Ou seja, o governo passou cheque de um dinheiro que não existia”, afirmou, completando que as informações divulgadas estão no site de transparência do Governo Estadual (www.trasparencia.gov.br).

Ramos disse ainda que além de gastar mais do que arrecada, o Estado  gasta mal os recursos governamentais e recordou que em 2013, o governo contraiu empréstimo para pagar despesas de custeio. Ele compara a situação com o dono de uma casa, que para pagar as contas de água ou energia elétrica, por exemplo, pede empréstimos. “Isso significa estar no fundo do poço do ponto de vista do equilíbrio de suas contas. A cada número que vejo, aumenta minha preocupação com as contas do Estado”, frisou.

O socialista enfatizou que em 2016 e 2017,  o Amazonas estará pagando os juros das dívidas  dos empréstimos, principalmente de recursos  destinados à ponte Rio Negro, Arena Amazônia, Prosamim e também para pagar as despesas de custeio.

O deputado  também citou  que o governo utilizou recursos do Fundo do Desenvolvimento do Interior Turismo e Infraestrutura (FTI) e do Fundo da Micro e Pequena Empresa e Assistência Social (FMPS) para outras finalidades,  contrariando o objetivo real para que são destinados.

“No Fundo de Desenvolvimento do Turismo, por exemplo, foi direcionado para pagar viagens”, criticou.

Ramos adiantou que vai ao Ministério Público Estadual (MPE) para solicitar que sejam tomadas providências sobre o desvio dos recursos dos fundos  para outras finalidades.